Aplicativo Aipoly Vision ajuda a enxergar
Muito se fala dos malefícios do uso constante de smartphones nas relações humanas. Mas desta vez vamos olhar na perspectiva do “copo meio cheio”. Enquanto algumas pessoas usam essas novas tecnologias para viver e se isolar cada vez mais no mundo digital, outras podem usá-las para se sentir cada vez mais inseridas no mundo real. É o caso do aplicativo Aipoly Vision transforma em áudio tudo o que está ao redor do usuário (atualmente apenas em inglês).
O aplicativo pode ser uma ferramenta muito importante de inclusão para que os 285 milhões de deficientes visuais (dados da Organização Mundial da Saúde) possam vencer obstáculos corriqueiros como chegar à casa de um amigo ou fazer compras no supermercado. E também para quem tem problemas como daltonismo. Isso porque o programa tem duas funções: reconhecimento de objetos e reconhecimento de cor. Depois de escolher qual o modo que ele gostaria de usar, basta apontar o telefone para um objeto e apertar o botão no centro da tela. A partir de uma tecnologia de inteligência artificial, o aplicativo reconhece o objeto ou a cor e o identifica em áudio para o usuário. Já disponível gratuitamente para os dispositivos iOS e Android, o Aipoly Vision pode reconhecer 954 cores específicas e até três objetos por segundo. E não requer nenhuma conexão à internet para funcionar.
Nós baixamos e testamos o aplicativo. É um bom começo mas precisa de mais aperfeiçoamente para cumprir o que se propõe. Não levamos em conta que o aplicativo precisa ser configurado para quem não enxerga nem a barreira do idioma. Mas um dos problemas é que o aplicativo pode confundir o usuário ao fazer a “leitura” dos vários objetos e nuances de cores que compõe qualquer cenário, como a mesa nossa estação de trabalho.
Embora admitam que o aplicativo ainda “não é perfeito” – reconhece um número limitado de objetos e confunde alguns nomes – os desenvolvedores explicam que no decorrer das atualizações ele tende a se aperfeiçoar cada vez mais. A Aipoly acredita que, futuramente, a ferramenta vai identificar cenas complexas, como a de ” um cachorro perto de um poste de luz”. Os desenvolvedores lembram também que os usuários – deficientes ou não – podem ajudar o Aipoly Vision a “aprender novos objetos” digitando a descrição.
* Matéria do site Comunica que Muda
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