Carlena Weber lança livro em que relata suas experiências de tetraplégica
Um acidente de carro, em 2001, mudou os rumos da vida da assistente social Carlena Weber, 33 anos. Havia cinco pessoas no veículo, inclusive seus pais, e ela foi a única sobrevivente. Com o impacto, Carlena ficou tetraplégica e, a partir daquele dia, precisou ir em busca de autoconhecimento e de entendimento de como as coisas passariam a funcionar. Após um tempo de tratamento no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, Carlena começou a entender que existiam novas possibilidades. “Eu tinha pouca informação sobre a deficiência, depois passei a conhecer meus limites e também minhas habilidades”, conta ela.
Em agosto de 2015, Carlena publicou o livro A Minha Versão da História, pela editora Vivilendo, de Porto Alegre. O Processo para escrever o livro foi lento e teve crises e desafios, pois finalizá-lo foi bem complicado, mas no momento vive a realização de receber por parte de seus leitores retornos que a deixam muito feliz e emocionada. Carlena registra em seu livro algumas pérolas, como receber esmola de um senhor: “Eu estava numa parada de ônibus e um senhor veio com a mão em direção a minha bolsa que estava em cima das minhas pernas. Achei que fosse um assalto, mas errei, era R$ 0,90 centavos de esmola… mas esse tipo de situação não me incomoda, sabe? Consigo rir de tudo!”. Ela conta.
Em 2009, Carlena concluiu a faculdade na Ulbra e fez estágio na Secretaria Municipal de Educação de Gravataí. Mais adiante, ela soube que a Desenvolver Consultoria em Inclusão de Pessoas com Deficiência precisava de uma assistente social. Participou do processo de seleção, sendo admitida.
Para ela, a maior dificuldade não está no desenvolvimento do seu trabalho e, sim, no deslocamento: Carlena mora em Gravataí e o ônibus executivo, cujo transporte é mais rápido, ainda não possui acessibilidade para cadeirante. Com isso, ela precisa se deslocar com o ônibus comum e leva duas horas para chegar à Capital.
Carlena diz que, às vezes, acha que vive em um mundo paralelo e que a sociedade precisa vencer as heranças culturais, que se refletem nas empresas. “Estou aqui porque apresento resultados e trabalho. Não quero ser vista como heroína ou alguém frágil, mas como uma profissional que atende às expectativas da empresa”, explica a assistente social, ao ressaltar que não é o assistencialismo que leva ao desenvolvimento e, sim, a oportunidade.
Serviço: Como adquirir o livro
Diretamente com Carlena através de suas redes sociais:
Facebook: Facebook.com/carlena.weber
Instagram: @carlenaweber
E-mail: carlenaweber@hotmail.com [Envio pra todo Brasil]
O Livro também pode ser encontrado na Livraria Cultura (clique aqui)
* Matéria montada a partir dos sites Correio Gravataí e Gravataí Cultural
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