Mulher em uma cadeira de rodas, fumando e com a perna em uma almofada

A verdade sobre a sexualidade dos cadeirantes

06/05/2016 Deficiência Motora, Depoimentos, Histórias de vida, Notícias 0

Quando digo em minhas postagens que o sexo com cadeirantes é igual a sexo com o andante, quero dizer que o sexo ocorre da mesma forma: a química acontece do mesmo jeito, o prazer surge, as “manobras” preliminares também podem ser feitas da mesma maneira… Mas, a sexualidade do cadeirante é muito mais do que isso e precisamos encarar esta realidade de frente.

Uma situação comum que acontece é do parceiro(a) sentir “medo de machucar” o outro (cadeirante) no começo. Quem não é acostumado com um cadeirante pode levar algum tempo até se acostumar. Isso é natural, eles não sabem como nos “pegar”, como devem auxiliar, como é a sensibilidade, etc.

É um mundo desconhecido para maioria, cada um tem seu tempo para se acostumar, familiarizar, pegar o jeito.

Não se aborressa se no começo ele(a) agir assim e fizer mil perguntas. Demonstre que você não se incomoda e que está disposto a explicar tudo que for preciso e fazer tudo valer a pena.

Pode até parecer coisa de “menininha” ao dizer isso, mas para o sexo ser prazeroso ele precisa acontecer com uma pessoa que entenda que temos algumas limitações e que existem outras maneiras de fazer – alguma posição, um carinho diferente, por exemplo – e ter prazer igual ou até mesmo maior.

Não adianta ter um parceiro(a) que insiste que você faça algo que não consegue e, com tanta insistência, acaba pondo tudo a perder.

Entenda que não é sua obrigação fazer coisas que você não consegue. Na verdade, é obrigação do parceiro(a) entender que você tem limitações e que elas precisam ser respeitadas. Juntos, vocês precisam descobrir novas formas de prazer.

Talvez você seja um daqueles cadeirantes cujo sexo acontece igual nos filmes: você conhece alguém na balada, vão pra cama na mesma noite e acontece um sexo incrível… Claro que pode acontecer! Todavia, se esse não for o seu caso, não se condene e nem “crie muralhas”!

Ser cauteloso na medida certa é ótimo. Precisamos sim ter um “cuidado” diferenciado, mas isso não pode ser usado como desculpa para que você não tenha relações sexuais e exclua, definitivamente, esse aspecto da sua vida.

Cada um de nós é de um jeito, mas quando duas pessoas realmente querem e estão dispostas a se conhecerem, a tentarem e se respeitarem, aí sim o sexo acontece!

Por isso, reconheça os seus limites e esteja com alguém que faça esse momento incrível valer a pena junto com você!

* Artigo publicado no site Cantinho dos Cadeirantes (acesse aqui)

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