Conheça mais sobre o Transtorno do Espectro Autista

11/02/2017 Autismo, Deficiência Intelectual, Notícias 10

O autismo, atualmente conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um termo geral utilizado para descrever um grupo de desordens do desenvolvimento do cérebro.

Esses distúrbios se caracterizam por prejuízos em duas áreas: na comunicação social e no comportamento estereotipado (repetitivo, restrito, com hiperfocos podendo haver movimentos estereotipados, alterações sensoriais e atraso do desenvolvimento da coordenação fina, relacionada com as atividades que requerem o movimento dos pequenos músculos do nosso corpo, como desenhar, digitar no computador, abotoar e desabotoar, encaixar, recortar, etc.). Embora todas as pessoas com TEA apresentem tais dificuldades, o comprometimento nos indivíduos se apresenta em intensidades diferentes.

A palavra ESPECTRO é utilizada por se referir a um conjunto variado de características observáveis. Essas características geralmente aparecem antes dos três anos de vida e podem ser óbvias desde o nascimento ou tornarem-se visíveis ao longo do desenvolvimento.

A dificuldade no comportamento e na comunicação tendem a diminuir quando as intervenções são eficazes e o autista pode “navegar” pelas nuances do espectro.

Vale ressaltar a importância da estimulação e diagnóstico precoces.

Apesar de importante, o diagnóstico de TEA não é simples, por ser exclusivamente clínico. Exames podem descartar outras síndromes ou patologias, mas não afirmam o autismo. O profissional responsável pelo diagnóstico é o médico (neurologista ou psiquiatra infantil). Esse profissional pode (e deve) se embasar no relato da família e/ou relatórios de educadores e terapeutas.

Alguns sinais que devem ser observados em uma criança por volta dos 18 meses:

* Se tem interesse por outras crianças;

* Se imita outras pessoas;

* Se aponta para mostrar algo de seu interesse;

* Se traz objetos (brinquedos) para mostrar a alguém;

* Se acompanha com o olhar algo que lhe apontam;

*Se olha quando chamam pelo seu nome.

Tais sinais servem de alerta para a família procurar o médico.

Chegar a esse diagnóstico nem sempre (ou quase nunca) é fácil. Apesar disso, ele é o ponto de partida para uma viagem cheia de desafios.

Estarei de volta no próximo dia 26, abordando outro assunto relacionado ao Espectro Autista. Não perca!
Sugestões, enviar para: fernandacavalieri@gmail.com

Conheça a Associação Fortaleza Azul – FAZ: facebook.com/fazbrasil ou instagram.com/fortalezaazul

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10 Comentários

  1. Augusto Parente 12/02/2017 Responder

    Parabéns Fernanda pela coluna.
    Mais um espaço para divulgar e orientar as pessoas a respeito do TEA. Muito feliz por você!

    • Fernanda 13/02/2017 Responder

      Augusto, obrigada por também divulgar o autismo. Estamos juntos nessa jornada! Abraços!

  2. Angela 12/02/2017 Responder

    Gostei muito da sua abordagem do TEA. Parabéns. Vou acompanhar.

    • Fernanda 13/02/2017 Responder

      Obrigada, Ângela. O próximo texto será publicado dia 26 de fevereiro. Espero que goste e continue acompanhando. Um grande beijo.

  3. Varienka Leão Soares Bulcão 12/02/2017 Responder

    Parabéns a toda equipe do SEM BARREIRAS e em especial , Profa. Fernanda Cavalieri, representante da FAZ ( Associação Fortaleza Azul )!

    “Informar para Conhecer!” É essa a chave para que o diagnóstico do TEA tenha um FIM (finalidade) e não que seja o FIM, mas um COMEÇO!

    • Fernanda 13/02/2017 Responder

      Obrigada, Dra. Varienka! O objetivo da coluna é exatamente esse: levar informação (de forma leve mas sem romantismo). E que essas informações cheguem a um grande número de pessoas.
      Um beijo!

  4. Sileri 12/02/2017 Responder

    Muito bom. Vou repassar para os educadores do Espaço de Educação Infantil onde trabalho. Serve de apoio às observações dessa faixa etária. Parabéns pelo trabalho Fernanda.

    • Fernanda 13/02/2017 Responder

      Obrigada, Siléri. É muito importante que professores e familiares tenham acesso à informações. Isso acelera o processo de um possível diagnóstico e consequentemente, intervenção precoce e melhor qualidade de vida. Um beijo!

  5. Antonia Alves 12/02/2017 Responder

    Parabens!!, sua abordagem sobre TEA, é sem duvida de total importância para todos os educadores .

    • Fernanda 15/02/2017 Responder

      Obrigada, Antônia! Geralmente a escola é o local onde podemos observar uma das características mais fortes de crianças autistas: a dificuldade de interagiro com crianças da mesma idade. Os profissionais devem estar atentos e informar essas observações para a família. Um abraço!

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