Como conciliar a vida profissional e o cuidado com o filho autista?
Caro leitor, você não achará a resposta para essa pergunta aqui. Esse é um dos questionamentos que me faço sempre e que precisa ser exposto para que possamos ser compreendidos.
O autismo é uma condição que exige, desde cedo, intervenção multidisciplinar e isso demanda tempo. Profissionais especialistas apontam que o envolvimento familiar é essencial para o desenvolvimento das crianças com autismo. O lar passa a ser parte importante do plano terapêutico.
Como conciliar a jornada de trabalho com as inúmeras horas de terapias semanais?
Como justificar falta no trabalho quando seu filho passa noite (ou noites) sem dormir? O distúrbio do sono é comum em pessoas com autismo.
Como justificar ausência no trabalho quando acontecem as crises? Crises são comuns e podem ser geradas, principalmente, por uma desordem sensorial e pela dificuldade em se comunicar. Geralmente, as mães são as únicas pessoas que conseguem manter a calma e contornar situações desse tipo.
Fatos dessa natureza não são justificáveis do ponto de vista trabalhista, com um atestado médico por exemplo. Ou seja, o empregador precisa ser bem compreensivo para entender acontecimentos como esses.
Por outro lado, como abrir mão do emprego com tantos gastos – terapia, medicamento, suplemento, exame, consulta? Quem tem possibilidade financeira para abandonar a carreira profissional, o faz – o que pode, em muitos casos, ser um gatilho para frustração e depressão.
A saída que muitas mães que conheço acharam foi diminuir a carga horária do trabalho, trabalhar em casa ou largar seus empregos.
OBSERVAÇÃO: No texto, me referi à pessoa da mãe, mas leia-se também pai, responsável, cuidador.
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