Maternidade (s)
Tenho três filhos. Duas gestações com nove anos de diferença entre elas. Uma gravidez gemelar. Para mim, são “maternidades” diferentes, mas com aprendizagem, anseios, preocupações, surpresas diárias. Assim como eu, várias mulheres tem experiências e percepções sobre a maternidade.
Eu falo da maternidade no plural porque as experiências que tive são tão diferentes! A começar pelos desafios: ter meu primeiro filho, muito nova, foi um grande desafio; ter filhos gêmeos foi outro desafio; ter filhos autistas também é.
Acho que toda mãe é sonhadora, idealizadora, não quer que seus filhos sofram ou tenham problemas, não é assim? Logo que engravidamos, começamos a projetar um futuro perfeito… e a danada da vida nos mostra quase sempre que seguiremos caminhos diferentes dos planejados.
Mas, diferente não quer dizer melhor ou pior, apenas diferente.
Todos os problemas porque passamos nos servem de aprendizado e, assim, achamos que basta a gente orientar e contar nossa experiência para que nossos filhos não passem pelos percalços da vida. Ledo engano: eles precisam viver, experimentar.
O que posso dizer sobre a minha experiência com a maternidade é que mudei com ela. Ao Rafael (filho mais velho), devo meu amadurecimento e senso de responsabilidade; ao Daniel e ao Gustavom devo meu olhar diferenciado para a vida, meu comprometimento enquanto cidadã, meu crescimento pessoal, minha gratidão aos pequenos detalhes da vida. Percebo que “cada maternidade” tem sua peculiaridade. Isso é sensacional!
Muita gente fala que ser mãe de filho com deficiência é ser mãe especial. Discordo. Aprendi com meus três filhos que o que nos faz especiais é a maneira que encaramos a vida, como lidamos com as dificuldades de cada um e com as nossas imperfeições.
Feliz dia das mães a todas as pessoas que vivem a montanha-russa da maternidade com muito amor.
2 Comentários
Amei o artigo. Lindo.
Obrigada, Cassie. Um abraço!