O limite e o potencial de cada um

08/11/2017 Deficiência Motora, Leandra Migotto, Notícias 2

No texto anterior falei do tempo de cada um. O mesmo tempo que demonstra o limite e o potencial de cada um. Tendo ou não alguma deficiência, existe quem respeite até onde consegue ir e o que não é possível fazer. Mas, existe quem viva em constante frustração por não se conhecer profundamente e saber até onde consegue chegar com serenidade, saúde e qualidade de vida.

Eu não tenho nenhum receio de afirmar que a fraqueza em meus ossos e a formação diferenciada do meu corpo me impeçam de realizar algumas ações, como trabalhar mais de 8 horas por dia, sentada. Porém, também afirmo que o meu potencial criador como escritora ainda é bem desconhecido (até por mim mesma) e pode ultrapassar os limites intelectuais que eu acredito ter.

Existem pessoas que confundem um pouco os dois, limite e potencial. E vivem espalhando por aí – como um mantra – que absolutamente todas as pessoas com alguma deficiência vivem – 365 dias do ano – apenas para ultrapassar sempre seus limites! Eu acredito que nascer com ou adquirir alguma deficiência não significa que você será uma heroína ou coitadinha! E não é preciso provar nada para ninguém e nem mesmo para você, para se aceitar ou ser aceita pelas pessoas.

Hoje, eu prefiro RESPEITAR e ouvir o que o meu corpo diz, junto com os meus sentimentos. Vivo intensamente acreditando e tendo esperança que vou alcançar o máximo do meu potencial físico e intelectual, mas existem momentos em que me sinto mais confortável em simplesmente dizer, por exemplo: “Agradeço muito seu convite, mas não posso e não quero ser carregada – na cadeira de rodas ou no colo – para subir um lance de escadas e estar ao seu lado neste momento”.

Quando eu tinha 20 anos, sofria muito ao pensar que não seria reconhecida se não fizesse parte da turma. E, por várias vezes, aguentei calada fortes dores no corpo, corri graves riscos ao ser carregada no colo para subir escadas ou andar com um par de muletas, atravessando ruas, entre outras ‘aventuras’. Ainda bem que não passei por situações piores e não tive nenhum acidente, mas caso acontecesse algo, somente eu sofreria com as gigantescas (e não estou exagerando!!) consequências de ter uma fratura. A dor é um milhão de vezes só minha! Ninguém pode senti-la! E não há dinheiro que pague a dura reabilitação de meses e até anos que eu passaria.

É por isso que hoje, com 40 anos e a minha condição física agravada, não tenho mais nenhum receio de ser super sincera com todas as pessoas! Falo o que posso e o que não posso fazer. Quem me ama de verdade saberá respeitar meus limites e acreditar nos meus potenciais!

Pessoal, não esqueçam de conhecer a minha trajetória profissional em meus dois blogs: o Caleidosópiohttps://leandramigottocerteza.blogspot.com/ e o Fantasias Caleidoscópicashttps://fantasiascaleidoscopicas.blogspot.com/

Perfil profissionalhttps://www.linkedin.com/pub/leandra-migotto-certeza/41/121/a

Vídeos: TV UNESPhttps://youtu.be/-Nrr1kn-zWI

TV UNESP Programa Artefatohttps://www.youtube.com/watch?v=OtwnqFchqmY&t=8s

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2 Comentários

  1. Nelson 08/11/2017 Responder

    Suas palavras falam de limites que temos que reconhecer e respeitar porém não podemos deixar de tentar sempre superar essas limitações que nos são impostas em nossas vidas.

    • Leandra 16/11/2017 Responder

      Gostei do seu comentário! Continue lendo meus textos!

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