Tenho um filho com Síndrome de Down, não uma bomba nuclear
“Nunca pensei que, em meu próprio país, ia ser tão difícil matricular meu filho em uma escola… Tenho um filho com síndrome de Down, não uma bomba nuclear. É inacreditável, há vagas até informarmos que ‘ele tem Down’. Daí não tem mais vagas”.
Essa foi a forma como o jogador de futebol argentino Walter Montillo manifestou sua indignação no Twitter diante do que estava acontecendo.
O meia do Tigre estava procurando uma escola para seu filho portador da síndrome de Down e quis fazer a denúncia pública, imaginando o que os outros pais na mesma situação sofrem. “Estávamos procurando escola e estava sendo complicado. Foi então que fiz o post no Twitter. Foi doloroso porque você sente que estão fechando as portas para seu filho. A psicopedagoga que acompanha Santino foi quem nos sugeriu que ele deveria frequentar uma escola normal, não uma especial. E nós nos deparamos com duas escolas que nos disseram que tinha vagas. Mas, ao saberem que Santino tinha síndrome de Down, disseram que queriam se reunir conosco para conversar, pois não era tão fácil ter um filho assim… buscavam desculpas”, contou Montillo ao diário Clarín.
Ele quis que suas declarações e sua indignação fossem uma voz para os pais que, como ele mesmo explicou, “não têm câmera nem microfone”.
Felizmente tudo se resolveu e rapidamente chamaram o jogador na Secretaria de Educação da cidade e encontraram uma vaga no mesmo colégio em que o filho mais velho do jogador estuda.
Walter Montillo é um atleta famoso, que pode usar sua fama para que sua denúncia viralizasse e que seu problema fosse resolvido. Mas quantos pais, no mundo todo, estão nessa mesma situação e não conseguem ajuda?
* Matéria de Carmen Neira, do blog Aleteia
** Legenda da foto do Jornal Lance: Montillo com a esposa Melina Ianazzo e os filhos Valentín e Santino, com a camisa do Botafogo, quando o jogador foi contratado pelo time carioca no início da temporada de 2017
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